Enfermeiros e técnicos de enfermagem da Unidade Estadual de Internação (UEI), gerida pela Fundação de Saúde Amapaense, participaram de uma capacitação voltada ao manejo clínico da sialorreia — condição caracterizada pela produção excessiva de saliva. O treinamento abordou o uso da atropina como agente terapêutico e foi conduzido pela cirurgiã-dentista Malenna Corrêa, responsável técnica pela odontologia hospitalar do local.
Nos dias 4 e 5 de agosto, os colaboradores receberam orientações teóricas e participaram de demonstrações práticas sobre a administração segura da atropina, com ênfase na individualização do tratamento conforme o quadro clínico de cada paciente. A iniciativa busca qualificar a assistência prestada por profissionais que atuam em regime de plantão, diretamente envolvidos no cuidado de pacientes com distúrbios neurológicos e disfagia.
“Essa capacitação tem o objetivo de garantir mais qualidade na assistência prestada e proporcionar conforto durante o período de internação. Técnicos de enfermagem e enfermeiros são fundamentais nesse processo, pois estão em contato direto com os pacientes. Por isso, é essencial trazer atualizações que possam ser aplicadas no dia a dia”, explicou Malenna Corrêa, cirurgiã-dentista da UEI.
Sialorreia
A sialorreia é a produção excessiva de saliva além dos níveis fisiológicos. Pode ocorrer de forma anterior, com extravasamento pela cavidade oral, ou posterior, com acúmulo na orofaringe — o que aumenta o risco de aspiração e complicações pulmonares.
O diagnóstico é feito por uma equipe multiprofissional, composta por especialistas de diferentes áreas da saúde. A odontologia integra esse grupo e participa ativamente dessa avaliação, contribuindo com a análise clínica do paciente. A partir dessa discussão conjunta, o médico responsável define o tratamento medicamentoso mais adequado, considerando as especificidades de cada caso.